domingo, 5 de agosto de 2018

Resenha





Desafios da EJA

                O texto inicia trazendo os maiores desafios que encontramos na educação de jovens e adultos, que é a dificuldades em ensinar, em lidar com a motivação, em conseguir ganhos de consciência são permanentes nos depoimentos daqueles que buscaram o trabalho com adultos das camadas populares. Lidar com a motivação dos alunos da EJA não é uma tarefa fácil, pois a maioria desses alunos chegam na escola já cansados de um dia de trabalho, pensando em outros problemas, enquanto outros sofrem com a vergonha de voltar a escola, enfim os alunos da EJA chegam em sala de aula com um certo conhecimento de letramento, mas com uma grande bagagem de conhecimento, de experiência no mundo, diferente das crianças que não possuem essa vasta bagagem de conhecimento do mundo. Paulo Freire nos diz” Para construir o mundo é preciso primeiro sonhá-lo” e muitos dos educando que frequentam tem alguma noção da escrita e precisamos resgatar com materiais lúdicos, oralidade trazendo para o contexto escolar suas realidades, sua leitura do mundo e seu contexto em que estão inseridos, por isso a importância de trazer para a sala de aula assuntos dia a dia dos alunos, e para podermos ter noção do nível de conhecimento dos alunos o educador deve manter diariamente o diálogo em sala de aula.
                Muitos alunos da EJA procuram estudar por se sentir excluído da sociedade por não ser alfabetizado Hara diz” Sociedade excludente, que marginaliza a grande maioria pobre, acaba por negar as condições mínimas para a realização da escolarização das camadas populares, e, quando isto ocorre, a escolarização é destituída da qualidade necessária. Em busca de uma qualidade melhor de vida muitos adultos acabam superando o medo e a vergonha e voltando a escola pensando que lá irá resolver seus problemas, mas infelizmente não é bem assim, pois a escola ainda enfrente dificuldades para atender as demandas de alunos.
                Fazer com que o aluno aprenda de acordo com a realidade da sociedade em que está inserido, é facilitar o campo de pesquisa, pois o aluno vai explorar e construir seu aprendizado a partir de assuntos que já conhece, isso vai fazer o aluno associar sua alfabetização com mundo, segundo Paulo Freire o processo de aprendizagem é dinâmico e ativo. Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita, uma parcela do conhecimento social. Paulo Freire entende alfabetização como um ato de conhecimento, no qual "aprender a ler e escrever já não é, pois, memorizar sílabas, palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever e sobre o profundo significado da linguagem".

Referência
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.

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