terça-feira, 31 de julho de 2018

Alfabetização e empowerment político


O primeiro texto disponibilizado nos traz o teórico social Italiano Antonio Gramsci que encara a alfabetização como um conceito e como uma prática social que devem estar historicamente vinculados, de um lado a configuração do conhecimento e do poder, do outro lado a luta política e cultural pela linguagem e pela experiência.  Para Gramsci a alfabetização tinha dois propósitos, podia ser a favor do empowerment individual e social, ou para a perpetuação de relações de repressão e de dominação, mas Gramsci acreditava que a alfabetização deveria ser encarada como uma construção social.
O texto também destaca que o analfabetismo não é meramente a incapacidade de ler e escrever, é também um indicador cultural para nomear formas de diferença dentro da lógica da teoria da privação cultural.
No texto alfabetização e letramento nos faz refletir que a alfabetização vai muito além de decorar o alfabeto ou a tabuada, pois decorar não aprender, aprender é dominar o assunto em questão é saber seu real significado sua origem. Segundo a autora do texto Maria Aparecida Alferes, “Atualmente, para que possamos nos considerar alfabetizados, não basta saber ler e escrever, ou seja, a ideia de alfabetização vai muito além do domínio do alfabeto.”
Segundo Silva e Ferreira (2007) o tema alfabetização avançou na discussão teórica, visto que, hoje é um tema que agrega em torno dele estudos e reflexões de vários campos do conhecimento, tais como: psicologia, sociologia, história da educação, linguística, psicolinguística, entre outros. Avançou-se no próprio conceito, pois além da criação do conceito de letramento, reinventou-se a alfabetização (Soares, 2004).
Para Freire no texto alfabetização: Ensinar não é transmitir, mas estabelecer condições para sua construção, sendo que quanto mais crítico for este processo (ensinar e aprender) tanto mais se amplia a vontade de saber, a curiosidade epistemológica diante dos desafios que o mundo apresenta. Então para Freire quanto mais desafiador o aprendizado maior é o interesse do educando, o educador deve ser o mediador do conhecimento orientado o educando a construir hipóteses criando possibilidades para chegar ao seu objetivo, isso é uma aprendizagem significativa onde o educando está construindo seu conhecimento.
Não se aprende a ler e escrever somente copiando dos livros, ou das cartinhas, o educando precisa explorar, formular ideias, concordar e discordar para chegar ao conhecimento.

Referência 

Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia, Saberes necessários a prática educativa. 1. ed. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

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